UM REPARO E UMA
CONSTATAÇÃO
SOBRE VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
Por Joaquim
Marques
Nos últimos tempos,
muito se tem falado em violência doméstica, facto que, infelizmente, é uma
realidade em expansão.
Eu, sinto-me na linha da
frente contra essa arbitrariedade que atinge pessoas de ambos os sexos e de
todas as idades mas, onde quase sempre e, sobretudo, aparece a mulher em realce,
como vítima, o que também não deixa de ser verdade. Porém, embora sabendo que há
muitos homens que sofrem violência doméstica e, às vezes, de maneira brutal,
achava estranho porque não usavam a lei para usufruir da igualdade de direitos
que, tal como as mulheres a lei lhes
confere.
Há cerca de duas ou três
semanas atrás, quando assistia ao noticiário num programa televisivo, fiquei esclarecido do
que acontece normalmente com os homens, quando sofrem violência doméstica
praticada pelas companheiras.
-- Constatei então,
através duma estatística a nível mundial sobre o caso que, há milhões de homens que são vítimas de
violência doméstica, a vários níveis e, até, agredidos fisicamente pelas
companheiras ao ponto de terem que recorrer aos hospitais, mas que, quase de uma
maneira geral, escondem a verdade às autoridades, porque sentem vergonha de o
fazer.
-- Eu sabia que era
verdade mas, não imaginava que fosse em
tão grande quantidade, embora seja, como
é óbvio a nível mundial.
Como não acho graça
nenhuma a este drama da violência doméstica, quero terminar este meu reparo, com
uma história humorística, mas verdadeira e que, tem tudo a ver com
isto.
Então lá
vai:
-- Nos meus tempos de
adolescente, morava perto da casa de
meus pais, um casal um tanto ou quanto
hilariante pelas desavenças familiares
que, frequentemente tinha.
Ambos excediam um
pouquinho na bebida alcoólica. Ele era conhecido pelo Zé Javalinho, ela por
Maria ou (Micas do Javalinho). Prosseguindo, então de quando em vez a vizinhança
se apercebia da zaragata que ia na casa deles, pois os dois berravam alto se
insultavam mutuamente e, não raras vezes, se ouvia louça a partir ou o ruído de
objectos a cair no chão depois de arremessados. Enfim! Cenas tristes praticadas
por um casal que não se respeitava...
O caricato desta
história verdadeira, era que o Zé Javalinho,
acabava sempre por sair de rompante porta fora, muito senhor do seu
nariz, com ares de vitorioso, ao mesmo tempo que ia dando uma compostura na
roupa desalinhada que vestia na altura e, para que as pessoa ouvissem, virava-se
para a casa onde morava e continuando a dirigir insultos direccionados à
companheira dizia: -- “Toma lá que é para aprenderes e, para outra vez, levas
mais”.
– Esta cena, provocava
ondas de risos escondidos nas pessoas que o ouviam, pois toda a gente do lugar
sabia que, quem apanhava era ele e não ela, porque esta, era mulher de “pêlo na
venta” e ele nem sequer tinha arcaboiço
para s enfrentar.
O Zé do Javalinho era
mais um coitado… vítima da violência
doméstica que, naquele tempo, ainda era
a lei do vale tudo…
Porto -
Portugal
10-8-2012